<$BlogRSDUrl$>

2004/08/31


Lua de Papel

2004/08/29

Enviaram-me um dia pelo msn esta música, sem título, sem qualquer indicação do que seria... ouvi... e gostei, gostei mesmo muito... por isso hoje a deixo por aqui, na esperança que também gostem... ou talvez não...
Como se pode notar, apesar de ter encontrado, por acaso, a letra... pouco mais tenho para além do título... pelo que, toda a colaboração será, obviamente, bem-vinda...

The Fallen One

I saw your face in the morning sun
oh, I thought you were there
I heard your voice as the wind passed me by
silently, whispering my name

So many things that I wanted to say
forever left untold
I still remember the tears that you shed
over someone else

Our love could never die
all I can do is cry
save a little prayer for the fallen one

There is a light down at memory lane
slowly fading away
Still holding on to the dreams torn apart
I will follow my heart

Our love could never die
all I can do is cry
save a little prayer for the fallen one

Still on my own, chasing the sun
of a time long ago
The shade in my heart, tearing apart
everything that I long for

I saw your face in the morning sun
oh, I thought you were there
I heard your voice as the wind passed me by
whispering my name

Our love could never die
all I can do is cry
save a little prayer for the fallen one


2004/08/28


O Eléctrico de Sintra...

É de coisas simples e boas como esta que a vida é feita... a reabilitação do percurso do "velho" eléctrico de Sintra, que comemorou em 2004 os seus 100 anos, constitui a meu ver mais um elemento de atracção nesta bela vila...
Na minha escapadela de fim de semana, decidi ir fazer esta viagem entre a vila de Sintra e a Praia das Maçãs, da serra até ao mar, rente à estrada e por entre as casas, adivinhando aqui o Castelo dos Mouros, além a Pena, espreitando pela névoa ligeira, vendo claramente brilhando ao sol os telhados rosados de Monserrate imersos no verde esmeralda do arvoredo, finalmente o cheiro a mar e a areia da Praia das Maçãs, aquele friozinho e o vento tão típicos que nos fazem esquecer o sol que queima...
Mas esta viagem é também a ligeira cumplicidade que se cria entre as pessoas que ocupam o eléctrico e vão comentando o percurso, por vezes sinuoso, bem como, as pessoas que passam e acenam a quem vai no eléctrico, apenas pelo prazer de observar, resumindo, cenas de uma realidade qualquer perdida no tempo e no espaço e que não deixa de fascinar e dispôr bem a alma e o coração, somente pela beleza que pode existir nas coisas mais simples da vida...

PS: Três pistas: o percurso demora cerca de uma hora, tem tendência a ir sempre cheio de Sintra e a melhor viagem é feita no elécrtico de bancos corridos, sem portas nem janelas... fabuloso!!!
para mais informações > Eléctrico de Sintra

2004/08/27


I Love New York

- What do you think about New York?
- I love New York...
- Really? Ever been there?
- Hu? No.... but I just love that city!
- No...
- No?
- Nop... if you never been there...
- Why not?
- Because...
- ...?
- You love the image of New York that you created...
- What do you mean?
- Reason with me... to say you love a city like that you had to been there at least once in a lifetime... otherwise you love an image build of small peaces of info you have been exposed at... right?
- Hummm... never thought of things that way...
- In a funny way it goes the same way with people...
- Do you think so???
- Yap... let me explain...
- Do it... (I'm getting crazy...)
- Really...
- Ok.... explain... I'm all ears...
- When you meet someone... it's almost as if you had a blank page... on the top you would write your first impresions...
- Go on...
- That would be the first info collected... the next step would be to collect further information... in order to confirm or deny that assumption... only after those first steps you are in conditions to confirm if you like that person or not...
- ???
- Yes... only after you collect enough impressions is that you be able to say you like that particular person... it's like building a Lego...
- But...
- Shush... let me go on...
- ...
- So up to a certain point all you have are impressions of people that you can consider as mere friends-to-be, i.e., friends in potential... obviously, many of those will never be much more than "known" people... you only scratch the surface with them... don't go any deep, either because of you, either because of them...
- and...?
- Well? It's just like cities... see my point?
- Yes... I guess...
- So tell me... what do you think about New York?
- Arghhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
- ...?

(Peço desculpa por ser em inglês... mas apeteceu-me!)

2004/08/26


Não Sei...

2004/08/25

Num dia em que o desalento me impele para a frente, apesar de tudo, porque the show must go on, deixo aqui, em jeito de obrigada, algo que um amigo muito querido me deixou nos comentários... volta sempre meu Amigo...

Saudade

Saudade
De saber quem sou
Donde vim
P’ra onde vou
Quelhas, trilhos
Saudade
Onde a vida me levou
Malhas que teceu
Escolhos, medos
Teias em que me enredou
Saudade
De amores fingidos
Tempos idos
Em tempo
Que o tempo não tem
Será o tempo
Na saudade
Que faz
O tempo de alguém
No tempo que tudo leva
Em tempo que tudo faz
Num tempo que foi saudade
Na saudade que já não é
Tenho saudade
De ter Saudade

Pisco

2004/08/24

Real ou Virtual...
Sentei-me em frente ao pc e pensei libertar-me das preocupações diárias com dois dedos de teclas...
liguei-me ao chat do costume, onde solto algumas letras de conversa fiada e uma boa dose de sinceridade e boa vontade...
depois dos cumprimentos das praxe, dos abraços e beijinhos virtualmente trocados, deparo-me com o silêncio...
conversas pessoais, conversas cruzadas, conversas grupais onde se torna dificil intervir...
uns bitaites pelo ar, perguntas simples, sem resposta...
depois de algum tempo começa o desconforto...
a noção de que as conversas continuam noutro nível, mais reservado, onde só alguns acedem e onde não temos lugar...
ao desconforto sucede o questionamento...
o que temos de errado? o que fizemos de errado? o porquê? o porquê?...
uma análise da atitude...
reservada sem dúvida, mas nunca deixando em momento algum e após uma conversa mais prolongada, a dúvida em relação às intenções...
a sensação de não-pertença, atinge como um raio a alma...
isolamento e dor...
vã ilusão que nos inunda, pobres que acreditamos na possiblidade de encontrar do outro lado de um ecran um eco familiar e amistoso...
somos o tudo e o nada, meras virtualidades contruidas para responder a uma ideia, uma imagem, um conceito, uma vida...
Uma mera reflexão...

Cumprida a promessa do Vítor de me deixar uma contribuição para o meu rol de piropos, cabe-me a mim puxá-la do anonimato dos comentários para a luz dos posts... Confesso que voltar a lê-lo foi uma das boas surpresas que tive ultimamente...

Já ecoa o som do meu silêncio nos teus lábios
A noite cai, a noite cai sempre de dia
E é tão longa a noite da minha vida

Já me estilhaçam as veias de conter a voz
A noite nunca chega atrasada
Para impedir que este fogo arda

Já apaziguado renasço de dia
Fenix sem piromania
telas pintadas em contornos de alegria
com tintas manchada de hipocrisia

e a noite que não chega!

Vitor

2004/08/23

Se fosses as minhas férias, eu era o teu descanso!

2004/08/22


Grito...

Com a notícia do roubo desta obra magnífica, reflexo de estados de alma e de vida, achei que devia fazer dele eco... fi-lo ao publicar no Fora do Baralho, não só uma reprodução deste quadro, como uma informação sobre a notícia e uma breve reflexão nos comentários a ele anexos... posto o que, achando que não era suficiente, decidi que deveria juntar também aqui uma breve referência a este facto... ao procurar a imagem d'O Grito deparei-me com um poema de Miguel Torga... realmente, por vezes, estes cruzamentos ainda me surpreendem pela forma como podem surgir ideias quando não as buscamos... resultou tudo isto neste postal, com um mesmo tema e que junta dois criadores extraordinários... espero que gostem...

2004/08/21


Livros...

Poemas, letras de musica, estados de alma e sentimentos, foram inseridos por mim ao mesmo nível do piropo que deu origem a este blog... considerei-os também eles "piropos", apesar de diferente natureza...
Hoje inicio outra transgressãozinha ao meu bloguinho e deposito aqui algumas teclas sobre a minha outra paixão... os livros! Paixão declarada e descarada por estes companheiros de viagem, que tanto prazer me têm dado...
Nestas coisas dos livros nem sempre alinho em modas, gosto de espreitar capas e contra-capas, ler excertos, deixá-los despertar a minha curiosidade, juntá-los à minha listinha à espera dos melhores dias para os juntar ao meu espólio...
Desta vez lá fiz uma cedência, mas essencialmente porque as opinões díspares que ouvi me despertaram a curiosidade... tinha de ver se era tão bom ou tão polémico como diziam... falo, logicamente, do "célebre" O Código Da Vinci...
Devo dizer que achei uma história interessante e até bem construída... um belíssimo mistério, com pistas, suspeitos, fugas e histórias paralelas... e até uma participação da bela "Mona"... resumindo (porque num sou crítica literária nem coisa que o valha), gostei.... gostei mesmo muito, e não tenho problema de consciência algum em recomendá-lo a quem quiser passar um bom momento de leitura...
Polémico? é possível... mas depende sempre da leitura que se deseja fazer e da vontade de encontrar significados nas entrelinhas... muito bem, é um facto que até suscita umas abordagens diferentes das perspectivas socialmente instituidas, que pode causar algumas "comichões" em algumas mentes quiçá mais "fundamentalistas"... pessoalmente creio que deveria ser visto como é... uma obra de ficção suficientemente interessante para nos prender a atenção e que, apesar de alguma liberdade em relação aos factos históricos, até pode proporcionar alguns momentos engraçados de pesquisa...
Resumindo... gostei mesmo do diacho do livro, mas ainda não é este que vai destronar os meus eleitos...

Já agora, em jeito de nota final, uma palavrinha em relação à imagem que escolhi para ilustrar... é uma bela obra de Arcimboldo... um outro dia pode ser que me dê na real gana divagar sobre este pintor... mas a net é um meio de pesquisa fabuloso... :oP


2004/08/20


Arco-Iris

Se fosses o meu arco-iris... eu seria o teu pote de ouro!


Estrelas e Cometas...

Há algum tempo atrás recebi num mail igual a tantos outros este texto... gostei dele e da mensagem que encerra, tendo-o convertido num pequeno postal... No fundo, no fundo, nada mais é que uma reflexão poética sobre a eterna questão da amizade... amigos vs conhecidos e o peso que podem ter em diferentes momentos e circunstâncias de um percurso vivencial...
Em última análise, somos todos estrelas e cometas em simultâneo... as situações por que passamos assim o ditam... mas existem sempre alguns... muito poucos... que são para todo o sempre estrelas e por isso acabam por sofrer...
Aos amigos e aos conhecidos... às estrelas e aos cometas... aos que são e aos que irão ser...
PS: Aconselho a uma clicadela sobre o postal para uma melhor leitura do texto...


2004/08/19

Quem me dera ser bâton, estaria sempre nos teus lábios!

2004/08/18



Uma noite agitada e de pouco repouso, com uma leve angústia de algo por acontecer...
Um despertar lento e confuso...
Um percurso acompanhado por uma chuvada matinal, violenta e repentina...
Uma entrada na rotina diária de trabalho, sem entusiasmo...
Uma espreitadela a Outros Caminhos que fez esquecer tudo o mais e alegrar a alma...
Uma vontade de sorrir interminavelmente...
Uma canção silenciosa pousada no coração...

Quem me dera ser poeta ou escritor para usar a minha arte para descrever tudo aquilo que sinto, a alegria que me inunda... porque um amigo regressou... mas não sendo poeta nem escritor, apenas solto aqui as minhas letras, breves mas sobretudo sentidas... :o)

2004/08/17

Um amigo querido enviou-me um dia esta música... adorei-a no primeiro momento em que a ouvi e tem-me acompanhado desde então...
Alguns poderão achá-la démodé, mas não é isso que importa... interessa isso sim, o impacto que teve num dado momento da vida de alguém, todo o significado que encerra na simplicidade da letra, todo o sentimento possível de nela se ler...
Amem-na ou odeiem-na, mas sobretudo leiam... dando-lhe uma hipótese de se revelar... :o)

Liberta
Scende la sera sulle spalle di un uomo che se ne va
Oltre la notte, nel suo cuore un segreto si porterá.
Tra case a chiese una donna sta cercando chi non ce piu
E nel tuo nome quanta gente non tornerá.

Liberta,
quanti hai fatto piangere.
Senza te
quanta solitudine.
Fino a che
avro un senso vivere.
Io vivro
per avere te.

Liberta,
quando un coro s'alzera
cantera
per avere te.

C'e carta bianca sul dolore e sulla pelle degli uomini.
Cresce ogni giorno il cinismo nei confronti degli umili.
Ma nasce un sole nella notte e nel cuore dei deboli
e dal silenzio l'amore rinascera.
(cercando te)

Liberta,
quanti hai fatto piangere.
Senza te
quanta solitudine.
Fino a che
avro un senso vivere.
Io vivro
per avere te.

Liberta
senza mai piu piangere.
Senza te
quanta solitudine.
Fino a che
avro un senso vivere.
Io vivro
per avere te.


2004/08/16



Hoje decidir deixar aqui um pequeno texto de um visitante... e uma pequena brincadeira com um dos sorrisos mais controversos da História da Arte... talvez porque está conforme ao sorriso que trouxe todo o dia... um sorriso simples, um sorriso maroto, um sorriso sincero, sei lá... um sorriso, reflexo do sentimento, reflexo da alma, reflexo do coração... porque hoje, apesar da chuva, vislumbrei um arco-iris...

Sorrir:
Dissipa as nuvens que se juntam
Destrói o azedume que nos rodeia
Abre estrelas que se ocultam
E o frio faz-se fogo que ateia.

PauloG

2004/08/14

Se fosses a solidão, eu seria a tua tristeza...

2004/08/12

ESPERA - Eugénio de Andrade

Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.

Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.

2004/08/11


Bonança...

Se fosses um navio à deriva, eu seria a tua âncora!

Foi assim que lenta e inexoravelmente ela tomou conta de mim... notei-lhe ontem os primeiros sinais com uma aproximação à música, baladas essencialmente, e uma terrível falta de inspiração... foi a chuva, fui eu mesma... não sei... somente sei que me senti à deriva, qual navio passando entre os escolhos... arrostado pela maré às falésias e escarpas...
Faltou-me a âncora... ou âncoras... para me rebocarem para longe desta tola solidão que insiste em assombrar-me...
Mas depois da tempestade vem a bonança... e felizmente amanhã é um novo dia e nem sempre imaginamos como meia dúzia de teclas e alguns minutos de conversa podem ser... verdadeiramente renovadores...
Haja confiança e fé... :o)

2004/08/10

Como hoje fiquei numa de música... cá fica um piropo à medida...

Se tu fosses a pauta eu acertava o compasso!

Hoje a inspiração não está famosa... o diacho da "branca" ainda parece estar em actividade... Assim como assim, deixo aqui uma letra do album que estou a ouvir no momento... quase não reconhecia o estilo... mas gostei, gostei demais... hehehehe no final de contas sou uma romântica incurável...

MAYBE I, MAYBE YOU - The Scorpions

Maybe I, maybe you
Can make a change to the world
We're reaching out for a soul
That's kind of lost in the dark
Maybe I, maybe you
Can find the key to the stars
To catch the spirit of hope
To save one hopeless heart
You look up to the sky
With all those questions in mind
All you need is to hear
The voice of your heart
In a world full of pain
Someone's calling your name
Why don't we make if true
Maybe I, maybe you
Maybe I, maybe you
Are just dreaming sometimes
But the world would be cold
Without dreamers Ilke you
Maybe I, maybe you
Are just soldiers of love
Born to carry the flame
Bringin' light to the dark
You look up to the sky
With all those questions in mind
All you need is to hear
The voice of your heart
In a world full of pain
Someone's calling your name
Why don't we make it true
Maybe I, maybe you


2004/08/09

Amizade

Não sei bem porque será... mas creio que este meu postalito vem a propósito e em sequência do que foi comentado durante todo o dia de hoje... por isso mesmo, considerem-no o meu humilde piropo para todos... estou a adorar estes momentos...

2004/08/08

A noite chegou, bela e doce, com pequenas estrelas tremeluzindo e uma Lua bela e redonda. Apesar do calor, uma ligeira brisa envolve-nos num aroma a flores e erva acabada de cortar...
Deixo voar o pensamento para longe, ali onde, no meio do oceano, se encontra alguém... alguém que sofreu um antagonismo gratuito e duro com um sorriso, que teve a coragem de voltar a tentar, atribuindo nova oportunidade e que, finalmente, conquistou e cativou com palavras de amizade uma outra alma atormentada e solitária...
Perdida em sonhos, imagino uma viagem impulsiva e louca ao seu encontro, um abraço trocado com carinho, um reafirmar do gostar, do bem-querer, uma troca de lágrimas agridoces e honestas, no meio do oceano... mas isto é sonho somente...
Permanece a crença de que este laço seja uma amizade verdadeira, resistente e sã que se mantenha para lá das tempestades que se elevam, porque uma vez cativados nada fica igual... mas até lá... fica também a angustia, que oprime o coração e amarfanha a alma... Fico qual bicho-de-conta, pequenino e insignificante, enroscado na sua pequena existência, agradecendo todo e qualquer sinal de carinho...

Onde quer que estejas... gosto de ti!


Chuva 2

Há outro tipo de chuva que não nos oferece boas memórias, nem consolo, que não nos traz satizfação... é aquela chuvinha triste e cinzenta que se aloja no coração quando estamos tristes...
Hoje, magoei alguém, confesso-o sem medo, mas também sem culpa... fui felizmente surpreendida por mais dois comentários quando acabava de lançar uma imagem para o post anterior e mal tinha solto umas breves teclas... surpreendi-me pela rapidez (e sem dúvida, pela dedicação do autor) que me levou a adivinhar um seguimento atento desta pequena folha... comentei isso em tom de brincadeira e magoei um coração e uma alma que muito prezo... penitencio-me por isso... deixei-me levar por um qualquer espírito brincalhão que não me deixou ver a seriedade possível para além das teclas...
Como diriam os antigos "errar é humano, perdoar é divino"... mas no final de contas somos sempre humanos não é?
Magoei alguém e não consigo ignorar isso, tal como não poderei perdoar-me se o não voltar a ler...
A chuva cai agora cá dentro, pura e dura... e não há arco-iris que o impeça... somente um sinal de amizade o poderá fazer...



Chuva

Uma chuva de verão... foi o que hoje me apanhou enquanto passeava pelas ruas do meu habitat... uma daquelas chuvas que deixam o cheiro bom a terra molhada dos campos verdes, uma chuva que dá vontade de dançar apesar da roupa molhada colada ao corpo, uma chuva que ajuda a esquecer e a lavar a alma... é inesperada e, talvez por isso mesmo, tão mais agradável... :o)
Propositadamente recuperei um piropo mais antigo, mas perfeitamente adequado...

Se tu fosses uma gota de chuva, eu era o chão onde te deitavas!

2004/08/07

Ouvi-a passar num rádio qualquer quando ia na rua e ficou-me cá dentro a tilintar... não resisti a deixá-la aqui...

DA PRÓXIMA VEZ - Luís Represas

As ruas da minha cidade
Abriram os olhos de encanto
Para te ver passar

As pedras calaram os passos
E as casas abriram janelas
Só p’ra te ouvir cantar

Porque há muito, muito tempo
Não vinhas ao teu lugar
Ninguém sabia ao certo
Onde te procurar

Da proxima vez
Não vás
Sem deixar destino ou direcção
Se houver proxima vez
Não esqueças
Leva contigo recordação
E um beijo pendurado
Ao peito do teu coração

Quisemos saber como estavas
Se a vida tinha tomado
Bem conta de ti

Ou se a vida teve medo
E eras tu que a levava
Refugiada em ti

Cada verão que passava
Sentiamos-te chegar
Como era possível que o sol
Se atrevesse a brilhar

Deves trazer tantas histórias
Tantas que algumas ficaram
Caídas por aí

Outras eu tenho a certeza
O teu fogo na alma queimou
Deixaram de existir

Só queremos saber se és a mesma
Que vimo partir
Não existe mundo lá fora
Que te possa destruir


Aguardo...

Edward Hopper... numa certa perspectiva (a minha) um pintor da condição humana e da solidão, pareceu-me adequado.
Perante uma notícia que me apertou a alma e o coração e a impossibilidade de fazer algo, resta-me simplesmente... aguardar...
Um beijo no coração... onde quer que estejas... e volta depressa...


2004/08/06


Constelação das Plêiades Posted by Hello

Se fosses a Lua, eu queria ser mil estrelas para te fazer companhia!

2004/08/04


A Catedral Posted by Hello

Coloquei este pequeno postal somente como um teste à minha capacidade de postar uma imagem... está feito... mas longe de estar satisfeita gostaria de deixar aqui umas breves linhas sobre esta obra de Auguste Rodin, que a chamou de La Cathédrale: um quase arco de mãos quase entrelaçadas, uma separação ténue entre duas almas, um desejo de união expresso mas não completado, em última análise um "faraway so close"...

Começa hoje uma nova etapa para este pequeno blog... :o)
Foi finalmente colocado o logo, há tanto tempo criado e nunca colocado por falta de competência desta que vos escreve (se não estiver muito bem... aceitam-se colaborações... )
Para além das costumeiras frases piropeiras, irei adicionar-lhe algumas imagens, poemas e frases que vou encontrando, porque um piropo pode sempre ir mais além... ou não?