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2005/02/16

Reflexões...

Por uma vez, ao menos por uma única vez, gostava que quando lhe dissesse "convidaram-me para isto" ou "apetece-me fazer aquilo", ela me conseguisse surpreender, simplesmente sugerindo que o fizesse porque estava a precisar e me iria fazer bem para arejar um bocado...
Por uma vez, por uma única vez, gostava de receber uma resposta dessas, que me fizesse sorrir de surpresa e me permitisse divertir sem pesos na consciência...
Por uma vez, por uma única vez, gostava de não ter de ouvir novamente o quanto ela está cansada, como as coisas estão complicadas em casa, como nunca se sabe que pessoas estão nesses encontros, como é que irás voltar e quem te irá trazer, como as ruas são perigosas à noite, tantos argumentos, que me remetem simplesmente de volta ao meu silêncio...
Por uma vez, somente por uma única vez, gostava de sentir que a minha vontade de distração não é egoísmo, mas simplesmente uma necessidade natural e legítima, raramente expressa em moldes excessivos, gostava de sentir confiança na minha responsabilidade, na minha sensatez, gostava de sentir que já não sou olhada como uma criança, ou como um adulto a meio-tempo...
Por uma vez, por uma única vez, gostava...

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