2006/01/24
Sombra...
Vejo-te passar, pé ante pé, semente sorrateira de sombras e tempos passados.
Não sou mais que o vento que passa murmurando por entre as ervas altas no teu caminho.
Não és mais que um sonho de outras eras, criatura mágica sem rumo pelas florestas perdidas.
Acompanho-te na sombra, velando os teus passos incertos.
Perco-te por vezes na escuridão da noite profunda.
Logo descubro o teu rasto em reviravoltas de folhas soltas, desmaiadas nas pedras do chão.