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2011/06/15

Balanço...
Se 2010 foi um ano complicado, com muitas mudanças e adaptações, que quase me deixaram sem tempo para respirar, 2011 promete ainda mais. Ter de conviver diariamente com uma doença ingrata tem o seu custo e o facto de ter acelerado de repente, traz novas implicações. As demências são lixadas... com o tempo ficamos perante um corpo inerte, de alguém que nos é querido, mas que na prática já lá não está, ou está muito ocasionalmente, tão ocasionalmente que frequentemente ficamos na dúvida se será mesmo ou só mais uma ilusão. Se em situações normais os apoios são escassos, num país em crise, a coisa fica ainda pior, mas vai-se vivendo um dia de cada vez, na esperança de algo que não se sabe muito bem o que poderá ser...
Logicamente que se fosse só isto, talvez até desse para ir (di)gerindo os dias e o seu impacto no dia a dia. Mas este ano também trouxe alterações no trabalho e aquilo que se tinha como seguro, deixou de parecer assim. Nova entidade, novo contrato, quem sabe até novas funções, só o futuro o dirá, mas afigura-se muito mais trabalhoso e com tendência para um caminho de "salve-se quem puder e se for preciso lixar o vizinho, que seja".
Não, não estou nada optimista com a minha vida... presente e futuros hipotecados, é só assim que vejo as coisas nos anos mais próximos... o que não me deixa muito espaço para pensar em letras, para pensar em poesias e sonhos, para pensar em música e imagens, enfim, para pensar em coisas que me faziam feliz.

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