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2005/06/02


Os Jacarandás...

Desde este post, que não deixo de pensar nestas belas árvores e como sempre me acompanharam, mesmo antes de saber o seu nome... O que mais me fascina nelas é o azul violáceo das suas pequenas flores, câmpanulas imperfeitas que, em grande quantidade as destaca entre as grandes árvores. Normalmente, as flores surgem antes de brotarem as primeiras folhas, de um verde-alface brilhante que acentua o contraste... A sequência é mais ou menos assim: galhos nús que se cobrem de pequenos botões, depois surgem as flores, salpicos de azul que se repetem às centenas até cobrir toda a copa da árvore, finalmente surgem as folhas, verdes e tenras, que só desaparecerão com o frio do Inverno. São altas, imponentes, são belas, mas sobretudo, são azuis...
Este jacarandá que vejo perto do trabalho é muito jovem, pequenino ainda, um sobrevivente no bulício da cidade, tal como os que, na Amadora, apesar de mais velhos, foram postados numa rua que se estende ao longo da linha do comboio... mas servem perfeitamente para recordar os da minha infância, de tempos, momentos e locais que já só permanecem intactos na recordação da memória... não sei se os jacarandás do Parque Eduardo VII resistiram às "obras" do tunel do Marquês, espero que sim, que se continuem a demarcar na paisagem verde, com a sua onda de azul; mas sei que os jacarandás que rodeavam o lago oitocentista do Jardim Constantino já não existem, derrubados em nome da "modernização" de um espaço de lazer... ficam as memórias e essas, continuam a ser doces, como o perfume de uma pequena flor azul... de jacarandá...

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